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27.11.2018

A escola do seu filho valoriza os alunos?

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A escola do seu filho valoriza os alunos?

O sistema de ensino em que o foco é o professor – e não o processo de aprendizagem – é antigo e vem sendo reproduzido há muito tempo. Mas diversas escolas públicas e privadas vêm trabalhando em iniciativas que permitem ao aluno a possibilidade de protagonizar seu próprio processo de aprendizagem, criar hipóteses e buscar soluções para problemas reais. Uma das formas de trabalho nesse sentido é a abordagem investigativa, uma ferramenta que contribui para o aprofundamento da compreensão de um determinado conhecimento; para o desenvolvimento da autonomia e da responsabilidade dos alunos em relação ao próprio aprendizado; para a aprendizagem colaborativa, em que os alunos aprendem com seus pares.

Para Isabel Marconcin, coordenadora pedagógica da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I do Colégio Bom Jesus, os alunos têm a oportunidade de ativar conhecimentos prévios e vinculá-los às novas aprendizagens. “Essa abordagem ancora-se nas pesquisas sobre a ciência da aprendizagem, que destaca a importância de o estudante assumir o controle, realizar a metacognição, se tornar um aprendiz ativo, empenhado em entender assuntos complexos e preparado para transferir o que aprendeu a novos cenários”, conta a coordenadora. Dessa forma, a escola propicia a vivência de procedimentos e de atitudes que extrapolam o repasse de informações, típico das concepções mais tradicionais.

Como equilibrar a abordagem investigativa e a conteudista? Trabalhando em conjunto. “A abordagem investigativa é uma nova forma de apresentar e trabalhar os conteúdos. A mudança ocorre na linha metodológica, na forma de explorar e de avaliar os temas de estudo”, explica Isabel, que aponta como ganho alunos mais motivados para aprender, focados no desenvolvimento e na compreensão em profundidade, não na nota.

Abordagem investigativa no Bom Jesus
No Bom Jesus, a abordagem investigativa é aplicada desde a Educação Infantil, fica mais intensa no Ensino Fundamental I e tem continuidade no Ensino Fundamental II por meio de alguns componentes curriculares como Ciências e Matemática, por exemplo. Dentro desse contexto, um dos desafios é a formação dos professores, que nem sempre contempla as metodologias ativas. Para isso, o colégio adota iniciativas que incluem a organização de grupos de estudo e a formação em serviço, como o PEC – Programa de Educação Corporativa, desenvolvido no Paraná.

Já com os pais, que aprenderam no formato tradicional e, às vezes, estranham novas metodologias, o Bom Jesus promove reuniões para que conheçam a abordagem, com convites para o encerramento de etapas de projetos e/ou investigações.

Futuro da Educação
Metodologias ativas em contextos híbridos. Essa será a educação no futuro. Um espaço que possibilita aprendizagens compartilhadas, por experimentação e a aprendizagem maker. “Acreditamos em abordagens que contribuam para a personalização do ensino. No Bom Jesus, por exemplo, produzimos um material didático pautado na abordagem investigativa, voltado para a resolução de problemas e o desenvolvimento de projetos”, conta Isabel.

Outro ponto fundamental será a formação humana, com projetos institucionais que integram a escola e a comunidade. A ideia é que crianças conheçam realidades diferentes das suas, se envolvam e se comprometam com o bem-estar de outras pessoas e apliquem conhecimentos escolares no cotidiano.

Esse contéudo foi publicado no Guia dos Pais, do G1 Paraná.