Novidades

03.12.2018

Como ser emocionalmente saudável?

link copiado
Como ser emocionalmente saudável?

As habilidades socioemocionais são consideradas ferramentas importantes para enfrentar situações complexas que requerem comportamentos e respostas mais adequadas no nosso dia a dia. No desenvolvimento de habilidades socioemocionais, as crianças e os adolescentes aprendem a colocar em prática as melhores atitudes e habilidades para controlar as emoções, alcançar objetivos, demonstrar empatia, manter relações sociais positivas e tomar decisões de maneira responsável.

“Pessoas que desenvolvem um amplo repertório de habilidades sociais e emocionais habitualmente se relacionam de forma assertiva com os outros, resolvem problemas e conflitos de forma positiva, definem metas e tomam decisões adequadas, têm relacionamentos saudáveis, entre outras capacidades”, explica a psicóloga do Departamento de Saúde Escolar do Colégio Bom Jesus, Nathalie Baril.

Atualmente, tanto no contexto educacional como nos ambientes empresariais as habilidades socioemocionais têm sido muito valorizadas. São vistas como um fator de proteção em saúde mental, evitam comportamentos indesejados e melhoram a qualidade dos relacionamentos. “Pode-se dizer que algumas dessas habilidades são inatas, porém a maior parte delas é ensinada. Por isso, é importante afirmar que os diferentes ambientes podem assumir um papel relevante no ensinamento das habilidades socioemocionais”, esclarece Nathalie.

COMO DESENVOLVÊ-LAS: Além do ambiente familiar, a escola é um dos lugares onde as habilidades socioemocionais podem ser ensinadas, estimuladas e praticadas. Uma das maneiras de as escolas colaborarem para isso é implementar programas que desenvolvem em seus alunos um vasto repertório dessas habilidades. O Grupo Educacional Bom Jesus conta com o Programa de Desenvolvimento de Habilidades Socioemocionais que envolve alunos da Educação Infantil ao 8.º ano. Na Educação Infantil, os alunos aprendem de maneira lúdica as primeiras noções de como resolver problemas e desenvolver o autocontrole. Entre outras, usar a empatia como prevenção ao bullying, refletir sobre um projeto de vida, desenvolver estratégias para fazer amizades, analisar as consequências de comportamentos e de decisões, tolerar frustrações e resistir à pressão dos pares são habilidades abordadas pelo programa, no qual os professores são os mediadores e as famílias recebem informações sobre os temas em cada faixa etária.

DIFICULDADES: Algumas crianças e adolescentes podem apresentar déficits em certas habilidades socioemocionais por não terem recebido instruções sobre quais são os comportamentos esperados para uma interação social saudável ou por não praticarem suficientemente as habilidades. Essa carência aparece em crianças e adolescentes que, por exemplo, não expressam seus sentimentos, preferem ficar sozinhos ou interagem pouco com crianças e adolescentes da mesma idade, apresentam dificuldade para resolver problemas ou solicitar ajuda para resolvê-los, reagem com passividade às situações, não toleram frustrações, agem de forma impulsiva ou agressiva, não demonstram respeito às diferenças, entre outros. A presença de uma dificuldade isolada não representa, necessariamente, um problema, mas, ao ser identificada, precisa ser estimulada.

Esse conteúdo foi publicado no Guia dos Pais, do G1 Paraná.