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18.12.2018

Como a tecnologia influencia o ensino?

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Como a tecnologia influencia o ensino?

Um estudo realizado pelo pesquisador Lincoln Bernard McCoy, em 2012, com mais de 700 alunos de seis universidades norte-americanas revelou que mais de 90% utilizam alguma tecnologia durante as aulas. Para Jorge dos Santos Souza, coordenador da Educação Digital do Colégio Bom Jesus, hoje o maior desafio de lidar com alunos superconectados é fazer com que a mensagem que o professor quer passar seja tão interessante e atraente quanto o que eles consomem nas redes sociais. “Temos que fazer o aluno sentir a relevância que aquilo terá em sua formação, em seus relacionamentos, em sua vida social e profissional”, conta o coordenador. Nesse contexto, a escola deve estar preparada para atender esse aluno com um conteúdo que permita descobrir que aquele mesmo recurso que ele usa o dia inteiro para jogar ou se distrair pode ser útil também nos momentos em que precisa estudar. Basta ter um foco. É uma questão de usar os recursos certos, nos momentos certos para isso”, avalia Souza.

Espaços de Inovação
O Grupo Educacional Bom Jesus se antecipou às necessidades dos professores e dos alunos e criou uma cultura entre gestores, assessores e coordenadores. Entre as inovações, estão:

  • um processo automático para criar uma conta Google para os alunos;
  • a partir dos sistemas que integram as plataformas da Instituição, o desenvolvimento de salas de aula (classroom) para todos os professores;
  • a preparação de professores por meio de capacitação presencial, incentivando a utilização de inúmeros aplicativos disponíveis;
  • o estabelecimento dos Espaços de Inovação.
Os Espaços de Inovação são salas ou ambientes pedagógicos que buscam fugir do formato tradicional das escolas, em que os alunos ficam em filas e o professor fica à frente da turma. O principal objetivo nesse espaço é propiciar mobilidade aos alunos e ao professor, para que possam mudar suas posições de acordo com a necessidade do momento. Caso a dinâmica da aula mude por alguma razão, o mobiliário é flexível o suficiente para ser alterado rapidamente. Os chromebooks − equipamentos extremamente leves e fáceis de manejar, com autonomia de bateria de várias horas − possibilitam que os alunos estejam conectados sem precisar de nenhum fio que os ligue ao chão ou às paredes da sala. “Dessa forma, a tecnologia ocupa dentro da sala de aula exatamente o lugar que ela deve ter: ser um meio pelo qual o aprendizado acontece, e não no centro da sala, ocupando 70% do espaço físico, como nos laboratórios tradicionais”, conta Daniella Clivati, uma das responsáveis pelo projeto de implantação das soluções Google no Colégio Bom Jesus, que destaca também outros projetos e/ou ações que colocam a tecnologia a favor do ensino no colégio: “A Computação Criativa, por meio da ferramenta Scratch para o 4.º e 5.º anos do Ensino Fundamental II, é um ótimo exemplo”, conta Daniella.

Professores e pais
Diante de tantas novidades, o diálogo segue sendo a melhor forma de manter o vínculo com a família. Ele ajuda a entender e alinhar as expectativas dos alunos e dos pais para o que a escola pode, de fato, oferecer em prol da construção do aprendizado.

Já no que diz respeito aos professores, é importante que eles estejam dispostos a usar essas ferramentas. “É necessário desmistificar o processo pedagógico utilizado normalmente. A preparação inicial precisa partir do professor, pois não adianta ter uma estrutura pronta, se ele não tem disposição ou vontade de investir nisso”, avalia Jorge Souza. Por esse motivo, a escola tem um papel fundamental e precisa estar preparada para capacitar os professores e dar a eles sustentação técnica no uso dessas ferramentas. “Cabe ao professor não ter medo de se arriscar. Muitas vezes, o próprio aluno poderá ajudar no processo, e a postura deve ser a do diálogo constante com os discentes, mostrando os benefícios e as necessidades da utilização dessas ferramentas”, finaliza Souza.

Esse conteúdo foi publicado no Guia dos Pais, do G1 Paraná.