Introdução | Perfil AFESBJ

O ano é 2014. Já ultrapassamos a marca de 7 bilhões de habitantes no planeta Terra e, no entanto, nunca, em momento algum da história humana, estivemos conectados como hoje. Tal constatação é tão significativa que o interculturalismo ganhou força como campo teórico, estudando culturas, mas, sobretudo, analisando a interação entre os povos.

O teólogo Leonardo Boff já disse que “não existe uma cultura substancialmente definida por si em si”. Com essa afirmação, ele resume a ideia de que uma identidade cultural instaura-se em caráter de oposição, em que seus participantes se identificam, justamente, por serem diferentes de outros grupos.

E se resumirmos cultura como um complexo que abrange o comportamento, a linguagem, a arte, as crenças, a lei, a moral e os costumes de uma civilização, talvez possamos afirmar que só o entendimento intercultural, e com ele o respeito e a aceitação, podem promover a boa convivência e a paz no mundo.

Na AFESBJ, a interculturalidade se faz presente desde sua origem. Em 1896, surgia com o propósito de atender meninos e meninas alemães na cidade de Curitiba, no Paraná. Hoje, atua em cinco estados, para alunos brasileiros de diferentes ascendências e também estrangeiros, além de manter parcerias com instituições internacionais. Mas, sobretudo, as unidades de ensino da Associação reforçam seu caráter interconfessional, promovendo o respeito à diversidade de crenças entre seus alunos, transpondo as virtudes franciscanas além da vertente religiosa, tornando-as fundamentalmente humanas.

E, assim, ilustrando a temática deste Relatório, outros textos compreenderão um pouco daquilo que a AFESBJ pratica, compactuando com a inclusão social e cultural. Afinal, somos de fato indivíduos singulares e diferentes, mas desfrutamos de um único mundo onde estamos todos conectados.