Uma experiência intercultural | Dimensão| Ensino, Pesquisa e Extensão

Uma experiência intercultural

Quando o assunto é unir pessoas, promover o aprendizado e fortalecer o respeito entre diferentes culturas, o meio acadêmico pode resumi-lo a uma palavra: intercâmbio. O planejamento de uma viagem com essa dimensão e importância pode ser demorado, repleto de dúvidas e incertezas. É aí que o Núcleo de Relações Internacionais (NRI) da Universidade São Francisco volta-se integralmente ao aluno para encontrar a melhor forma de viabilizar o projeto de vida que está em pauta.

Presente nos quatro campi, com a coordenação da professora Cristiane Suarez e auxílio do professor Carlos Eduardo Pizzolatto, o NRI atende, em média, 25 alunos por semana. Para o professor Carlos, atualmente existe uma mudança se comparado com o que se buscava em um intercâmbio há alguns anos. “Ouvíamos dos alunos que eles queriam sair para aprender um novo idioma, e isso já vem mudando bastante. Eles já veem o intercâmbio como um diferencial na formação profissional”, comenta.

As atividades do núcleo estão longe de serem rotineiras. Lá, a equipe também faz traduções de documentos, além de participar de eventos para a promoção de novas parcerias com instituições estrangeiras. Destaque para o convênio firmado entre a USF e a International Federation of Medical Students Association (IFMSA), motivo de orgulho para a USF, que atualmente é a que mais recebe e encaminha alunos para o programa, entre as universidades participantes no Brasil. Nessa modalidade, disponível para o curso de Medicina, os alunos estrangeiros têm a tutoria de um aluno e de um professor que os auxiliam, especialmente nas dificuldades com o idioma, já que muitos não dominam o português.

E a esse espírito aventureiro e desafiador de estar em um país desconhecido somam-se as expectativas profissionais do estudante. Para Solange Aceto dos Santos, aprimorar seus conhecimentos em um localque oferece tecnologia de ponta foi o fator decisivo na escolha do intercâmbio. “A concessão da bolsa me permitiria estudar em uma renomada instituição de ensino com notória tradição e competência na área pleiteada”, ressalta a aluna, que permaneceu um ano na Universidade de Coimbra, em Portugal. Solange tem uma história peculiar, pois, diferentemente de muitos que almejam essa experiência, a aluna já estava casada e com família formada aqui no Brasil quando viajou.
“Este ano de intercâmbio valeu por 10 anos, foi uma salada de conhecimentos, vivência e sentimentos sem o ingrediente arrependimento!”, conta. O aluno Lucas Restivo também esteve em Portugal, na Universidade do Minho. Durante um ano de imersão, ele aproveitou muito além das possibilidades acadêmicas: “Fiz grandes amizades com estudantes da Romênia, República Tcheca, Turquia, Itália, Angola, Cabo Verde. Sendo que, inclusive, morei com um doutorando indonésio que não dizia uma palavra em português, possibilitando praticar bem o inglês”.

Para a professora Cristiane, o intercâmbio oferece um enriquecimento além do currículo. “O aluno se desenvolve, amadurece, aprende a lidar com diferentes situações e a respeitar as outras culturas”, reforça a docente, que completa: “O estudante se torna mais global, um profissional mais preparado, mais humano e, com certeza, diferenciado”.