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18.08.2014

Talento que passa de geração em geração

Talento que passa de geração em geração

Em tese, o dom da música não pode ser classificado como algo hereditário. Não há estudos que comprovem isso. No entanto, na prática, a história é diferente: várias gerações estão entrelaçadas, além dos vínculos familiares, por atuarem, de forma profissional ou amadora, no cenário musical. O Coral dos Canarinhos de Petrópolis é um exemplo disso: filhos, sobrinhos e netos de ex-integrantes dos Corais estão, hoje, seguindo os mesmos passos.

Um exemplo desta tradição musical está na família Fiorini. Sobrinho de ex-Canarinho, Tarcísio, que também passou pelo grupo vocal, é tio de Bernardo, que atualmente integra o coro. “Pensei em colocar o meu sobrinho na Escola de Aprendizes para ver se ele se interessaria pelo Coral, porque acho que seria muito interessante pra ele ter essa experiência, tanto cultural quanto educacional, a partir do trabalho que a escola e que o Instituto desenvolvem. Fico feliz em ver que, tanto tempo depois, ele não apenas continua no Coral como está motivado”, afirmou.

Ele lembra, com alegria, a época que passou pelo Coral. “Esta foi uma fase maravilhosa da minha vida. Fico muito feliz em ver que, mesmo tendo que abrir mão de algumas coisas, o Bernardo tenha curtido e esteja participando até hoje, motivado”, comemora. Na família, a relação com os Canarinhos não para por aí: os primos e o irmão de Tarcísio também integraram o coro. “Acho muito legal ver essa continuidade dentro da família”, afirma.

Outro integrante da família, o ex-Canarinho Rodrigo Fiorini queria, desde cedo, ver o filho, Guido, no Coral, mas procurou não influenciar nas escolhas dele, que tem atualmente 10 anos. “Sempre sonhei em colocar o meu filho nos Canarinhos. Não interferi no aprendizado dele, mas mostrei o que era o mundo da música e o incentivei para entrar. E isso foi um processo tranquilo”, afirma.

Rodrigo destacou que o filho já se apresentou como solista – coisa que o pai nunca fez. “Vejo que meu filho vestiu a camisa e gosta de estar no IMCP. Não sei se vai seguir carreira na música, mas tenho muito orgulho de vê-lo seguindo os meus passos. Além disso, vejo que ele está muito consciente do que quer, e isso é muito importante”, disse.

Mas outras famílias também estão ligadas pela música, como a Burger. Osmar, que viveu a experiência de ser coralista do IMCP, agora vê seus dois filhos, João Pedro (que já está há nove anos no grupo) e Marcos Paulo (que está na Escola de Aprendizes), seguindo o mesmo caminho. “Estar nos Canarinhos é uma oportunidade única para o desenvolvimento musical e cultural”, afirmou. “A vocação e o gosto pela música já foram despertados mesmo no meu filho mais novo, que ainda não ingressou no Coral. Fico muito orgulhoso. Além de me enxergar neles, me dá uma felicidade imensa perceber que, com tantas incertezas que a gente observa no mundo atual, eles escolheram um bom caminho”, destaca.

Para o maestro do Coral dos meninos e diretor artístico do IMCP, Marco Aurélio Lischt, há uma disposição maior para as pessoas seguirem a mesma carreira dentro de uma família. “O homem é o produto do meio em que vive. Se ele vive em uma família de músicos, de alguma forma, respira música. Isso não é determinante para a seleção da carreira, mas ajuda quem já tem uma pré-disposição para seguir esse caminho”. Lischt diz isso com propriedade: seu pai foi Canarinho e seu sobrinho, Rafael, está no Coral atualmente. “Ele já está há alguns anos e está gostando, está engajado nas nossas atividades”, destacou.

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