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18.09.2018

Entenda os perigos das notícias falsas

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Entenda os perigos das notícias falsas

Um estudo realizado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), dos Estados Unidos, em março deste ano, apontou que as notícias falsas se espalham 70% mais rápido que as notícias verdadeiras. Mas o que pode ser considerado uma notícia falsa? Para Cleuza Cecato, coordenadora de Produção de Texto de Colégio Bom Jesus, trata-se de uma pretensa informação, divulgada como verdadeira, mas não se confirma ou não se encontra respaldo na realidade. Em geral, são relatos iniciados com “dizem que ...” ou “uma vez fulano disse ...” e outras introduções vagas ou chamativas. O grande problema está nas suas consequências dessa disseminação.

“Uma história contada como se fosse informação, quando é falsa, pode, inclusive, tirar a vida de alguém. Lembro-me da história da bruxa do Guarujá, seu retrato-falado circulava acompanhado de um texto que lhe caracterizava as ações. Esse texto ganhou crédito e foi entendido como verdadeiro pela população. Resultado: uma mulher foi linchada e ela não era a bruxa da história ”, conta Cleuza, que entende que o conhecimento inciclopédico, um dos pilares do ensino e da propostas pedagógicas, deve ser uma contribuição das escolas para combater notícias falsas.

Com a aproximação das eleições, um prato cheio para espalhar informações erradas e inverídicas, a própria imprensa tem trabalho duro para auxiliar a população a identificar se uma informação é fato ou fake. Além disso, diversas agências disponibilizam ferramentas para verificação imediata de fontes. Basta colocar a página suspeita, que plataforma sinaliza se ela representa perigo ou não. Em casa, a orientação é acompanhada os filhos, que em geral, puxam assuntos, memes e piadas divulgadas nas redes sociais. “São comuns conversas em que os filhos esclarecem aos pais e aos avós a origem ou a credibilidade de um fato. A geração com menos de vinte anos tem mais ferramentas para identificar uma notícia falsa, mas a geração que já passou dos quarenta tem mais experiência. E essas duas características combinadas pode ser muito produtivas para evitar a divulgação do que não é verdadeiro", completa Cleuza.

Protegendo os filhos
Em qualquer situação - de notícias falsas que geram repercussões fortes, problemas de cidadania e crescimento coletivo a questões relacionadas a conhecimento do mundo - o diálogo segue sendo o melhor caminho. A professora Cleuza ainda indica a leitura de pensadores como Umberto Eco e Zygmunt Bauman. “Aprender como as teorias criadas por eles trazem constatações brilhantes sobre a nossa realidade é uma tarefa familiar que pode render bons frutos”, completa Cleuza.

Conheça boas práticas para detectar fake news e se proteger nas redes sociais:

  • Procure a fonte sempre. Essa é a ação primordial para evitar todo e qualquer mal-estar que a informação falsa pode causar.
  • Tenha cautela e procure conhecer mais de uma versão da história.
  • Pergunte se alguém pode ser prejudicado com o relato que está na tela ou que foi ouvido, tanto no universo on-line, quanto no off-line.
Esse conteúdo foi publicado no Guia dos Pais do G1 Paraná.



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