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19.09.2018

Enviar o filho para estudar no exterior está mais fácil

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Enviar o filho para estudar no exterior está mais fácil

 De acordo com a Brazilian Educational & Language Travel Association (Belta), em 2017, dos 246,4 mil estudantes que deixaram o país para fazer cursos no exterior, 25,5% deles, ou 62.832, ingressaram em uma instituição de ensino superior — uma alta de 50% em relação a 2015, quando 41.800 foram buscar formação lá fora. Para os especialistas, esse esforço tem como objetivo adquirir conhecimento mais amplo e adequado a um mercado de trabalho globalizado. Se antes o interesse era por cursos de idiomas, agora a viagem de estudos é pensada como investimento direcionado à formação profissional, com vistas às oportunidades no futuro.

Mas o desejo de estudar fora deve partir da família ou do estudante? Para Anne Christina Martins, coordenadora da Área Internacional do Colégio Bom Jesus, o desejo deve partir do aluno. Os pais têm o papel de acompanhar todo o processo – seja nas reuniões e entrevistas seja na escolha do país e da universidade. Enfim, planejar juntos e de comum acordo. “É importante saber o que quer estudar e quais países oferecem os melhores cursos na área escolhida. Depois, procurar um local mais compatível com a preferência climática, por exemplo. Há, ainda, fatores que devem ser levados em conta na hora de escolher a universidade, ou seja, é importante observar se o destino escolhido é adequado à sua faixa etária ou se a preferência é por cidade pequena ou grande.

Quanto ao curso, uma boa orientação é muito importante”, avalia Anne Martins. Para ela, são pontos igualmente importantes entender como é o processo de admissão da universidade, se o ranking é elevado para o curso escolhido, se o aluno domina o idioma do país, qual certificado de proficiência e qual pontuação são exigidos, o valor do curso e se há oportunidade de bolsa de estudos bem como se há validação pelo MEC do diploma internacional no Brasil.

Preparo do aluno
Um dos objetivos de estudar fora é tornar os jovens mais independentes dos pais, porque longe de casa eles precisarão lidar com assuntos do dia a dia sozinhos, solucionar problemas e obedecer às regras de outra cultura, além de lidar com a saudade. Há alguns fatores que ajudam a prever se o aluno está ou não preparado para a experiência:

  • Quando a vontade de ir estudar fora parte do filho e não dos pais.
  • Quando os pais estiverem preparados para ter o filho fora de casa.
  • Quando o filho for disciplinado.
  • Quando o filho possui proficiência na língua do país que escolheu para fazer o curso.
  • Quando o filho sabe administrar o dinheiro.
  • Quando o filho está preparado para ficar longe de casa.
Com essas respostas em mente, é hora de avaliar se a escola está habilitada para auxiliar neste processo. No Colégio Bom Jesus, por exemplo, há intercâmbios de verão e de inverno, com alojamentos em universidades ou em casas de família. “A escola pode mostrar as diversas oportunidades no exterior, oportunizar programas de curta duração e oferecer orientação para os cursos mais longos”, complementa a coordenadora, que repassa as seguintes dicas para realizar esse projeto:

  • Planeje com antecedência e com calma.
  • Tenha o apoio da família e mostre que você está pronto para viver essa experiência.
  • Invista no estudo da língua do país escolhido e prepare-se para os testes internacionais. Assim você garante a proficiência na hora de ingressar na universidade.
  • Tenha certeza de que é isso que você quer. Estudar fora é uma questão de estar decidido.
  • Encontre um país que tenha a ver com os seus interesses, pois isso trará uma experiência mais enriquecedora.
  • Procure sempre informações de especialistas, pois são profissionais comprometidos e envolvidos com o sucesso da sua experiência no exterior.
  • Não acredite em tudo que é anunciado na internet.
Esse conteúdo foi publicado no Guia dos Pais do G1 Paraná.