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30.10.2018

Alfabetizar em inglês é uma boa opção?

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Alfabetizar em inglês é uma boa opção?

Uma pesquisa do Conselho Britânico revela que, apesar do bom trabalho dos cursos de inglês nos últimos 60 anos, apenas 1% dos brasileiros é verdadeiramente fluente. Outros 4% se relacionam com a língua em vários estágios inferiores ao da fluência plena. Isso significa que apenas 10,5 milhões de habitantes possuem algum nível de intimidade com o idioma, enquanto os outros 200 milhões passam longe. Em tempos de desafios e exigências de um mundo cada vez mais multilíngue e multicultural, com valores e conceitos que ultrapassam a sala de aula, acessar uma educação bilíngue, já na primeira infância, se mostra como uma ótima opção. De acordo com Queila Punchard, coordenadora de Educação Bilíngue no Colégio Bom Jesus, o impacto do bilinguismo no cérebro vai além do domínio linguístico. “Inúmeros estudos na área das Neurociências indicam que o aprendizado de uma língua adicional pode influenciar o desenvolvimento acelerado das funções executivas na infância, incidindo diretamente nas habilidades de planejamento e organização, tomada de decisão, resolução de problemas, antecipação de consciência metalinguística, raciocínio, criatividade, percepção, flexibilidade cognitiva, execução mais eficiente de múltiplas tarefas e melhor gestão do comportamento social”, conta a coordenadora.

E, diferentemente do que acontece com crianças mais velhas, na Educação Infantil o inglês deve ser dinâmico e curioso, trabalhado com histórias, músicas, rimas, teatro, jogos interativos e atividades lúdicas. Além disso, é importante que a escola desenvolva projetos segundo a abordagem de aprendizagem ativa, no qual o aluno participa de atividades práticas significativas e prazerosas, como aulas de campo e culinária, cuidadosamente integradas aos conteúdos para que o aprendizado se torne mais estimulante e inspirador.

Alfabetização
A plasticidade cerebral, ou seja, a capacidade do cérebro de se remodelar em função das relações com as experiências de vida, decisivas na construção do conhecimento, torna os primeiros anos de vida muito importantes para a aprendizagem. “Inúmeros estudos e pesquisas defendem que a exposição e a aprendizagem de uma segunda língua trazem várias vantagens cognitivas a partir da primeira infância. Além disso, pesquisas também apontam para outros fatores biológicos, como a acuidade auditiva maior, assim como a flexibilidade muscular para produção de sons com facilidade”, conta Queila, que entende que a alfabetização acontece uma única vez. “A criança fará as associações automática e naturalmente em ambas as línguas. Por isso, na Educação Bilíngue do Bom Jesus, iniciamos esse processo primeiro em português, no letramento, que vai além da alfabetização e diz respeito à capacidade de envolvimento dentro do contexto das práticas sociais da leitura e da escrita”, completa.

Cuidados na matrícula
Com a decisão tomada, cabe aos pais selecionar uma instituição que contemple valores e filosofia com os quais se identifiquem, que seja acolhedora e com uma comunicação aberta à família. Outros aspectos importantes são:

  • currículo bilíngue
  • proposta pedagógica e sua aplicação
  • grade curricular
  • rotina de trabalho
  • vivências propostas
  • projetos interdisciplinares relevantes de cunho global e de impacto social
  • material didático e afins
  • recursos utilizados
  • oferta de testes internacionais e resultados
  • estrutura física

A avaliação do corpo docente também é fundamental. No Bom Jesus, por exemplo, o quadro de professores é composto de profissionais com formação específica nas áreas do conhecimento ministradas, além de uma certificação internacional dos docentes de língua inglesa. “O corpo docente participa, ainda, de estudos e palestras em encontros pedagógicos sobre temas atuais relevantes e pertinentes à educação bilíngue ao longo do ano”, finaliza Queila.

Esse conteúdo foi publicado no Guia dos Pais do G1 Paraná.