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05.11.2018

Seu filho consegue escrever bem?

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Seu filho consegue escrever bem?

Narração, descrição e dissertação. Por muito tempo, esses três tipos de texto reinaram absolutos nas propostas de escrita. Consenso entre professores, essa maneira de ensinar a escrever foi uma das principais responsáveis pela falta de proficiência entre nossos estudantes. Assim, um dos desafios das escolas atualmente tem sido orientar os alunos a escrever bem e mostrar a relevância desse aprendizado.

Cenário atual - O cenário exposto no último Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) comprova a dificuldade dos estudantes. “Isso se deve, muitas vezes, à falta de uma rotina de estudos para formar o hábito de ler, não somente por prazer, mas com a consciência de que a leitura é um processo de aprendizagem que precisa de treino constante e que leva ao desenvolvimento da habilidade de escrever e de se expressar com autonomia e eficácia”, analisa a professora de Produção de Texto do Colégio Bom Jesus, Cláudia Barletta.

Reinvenção - Desde os primeiros anos de escolaridade, a criança entra em contato com a leitura e deve, aos poucos, ser iniciada na habilidade de escrever, respeitando os objetivos específicos de cada ano escolar. “Aproximar a escrita das situações vividas pelos estudantes no cotidiano particular e social é um mecanismo que pode atingir bons resultados, considerando que, para resolver os diferentes problemas do dia a dia, é preciso elaborar diferentes gêneros de escrita”, recomenda a professora de Produção de Texto do Colégio Bom Jesus, Cleuciane Feltrin.

Integração e diversidade - Bons textos precisam ser produzidos na oralidade e na escrita. Isso só é possível quando há leitura de diferentes linguagens, estimulada pelos adultos que estão em contato com os leitores em formação. A educação de qualidade não trata a produção de texto como uma prática isolada. Desde a educação básica, os alunos devem ler diferentes textos, interpretá-los e, em seguida, desenvolver atividades que permitam a prática da oralidade e da escrita. O exercício constante é essencial para se alcançar um bom resultado. “É importante salientar também que as atividades que desenvolvem no aluno a consciência de que a escrita faz parte do processo de comunicação, visto que ninguém escreve um texto sem uma intenção, devem sempre ser valorizadas e motivar o processo de aprendizagem”, explica Cláudia.

Aprendizado potencializado - A leitura e a produção de diferentes gêneros textuais possibilitam aos estudantes uma significação para o ato de escrever. Mas, para isso, é preciso propiciar aos alunos momentos em que eles entrem em contato com livros, revistas, jornais; assistam a peças teatrais, filmes e documentários; ouçam músicas e outros gêneros orais, a fim de compreender a função social de diferentes textos. Além disso, a reescrita dos textos deve ser uma prática constante para valorizar as adequações, corrigir as inadequações observadas e avançar no processo. “Todos almejam se expressar de maneira eficaz e atingir objetivos: passar no vestibular, apresentar um bom trabalho, comunicar-se formalmente com diferentes pessoas e em diferentes situações. Para isso, escrever bem é essencial e um processo alcançado com muito esforço, trabalho e dedicação”, conclui Cleuciane.

Esse conteúdo foi publicado no Guia dos Pais, do G1Paraná.

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