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05.11.2018Como ensinar alimentação saudável para o seu filho
A boa alimentação é fundamental para a saúde e o bom desenvolvimento das crianças e dos adolescentes. Além de influenciar no aprendizado e na concentração, ainda aumenta o prazer de estudar. Por isso, é tão importante desenvolver métodos que incentivem a educação alimentar na escola. Para a coordenadora de Ciências do 6.º ao 8.º ano do Ensino Fundamental do Colégio Bom Jesus, Lisiane Sari, na infância, os bons hábitos são estabelecidos com o exemplo da família, que deve oferecer boas opções e evitar comidas nocivas – repletas de conservantes, aromatizantes, açúcar e gordura, por exemplo.
Uma dieta balanceada proporciona a ingestão de nutrientes em porções adequadas para o corpo manter suas atividades e, também, para que possa se desenvolver. Além disso, uma boa alimentação fornece os nutrientes que auxiliam na capacidade de concentração, agindo diretamente no cérebro e, portanto, na aprendizagem.
Como melhorar os hábitos alimentares - É preciso que os adultos deem uma atenção especial à alimentação das crianças, que ainda não têm discernimento a respeito das melhores opções, a fim de que levem para a vida adulta suas primeiras influências. Para melhorar os hábitos alimentares em casa, é preciso que a família toda perceba a importância de uma rotina saudável, quais alimentos precisam ser ingeridos, as quantidades, os horários e, até mesmo, o ambiente proporcionado para a alimentação. Tanto em casa quanto na escola é importante um local adequado, tranquilo, em que os alimentos possam ser saboreados e bem mastigados, sem barulhos e interferências (televisão, celular, computador).
Diversidade prato - A escola tem, além da família, função essencial na preservação de uma rotina alimentar saudável, oferecendo diferentes pratos, com quantidades compatíveis com a idade das crianças e o tempo em que permanecem na Instituição. Também devem proporcionar o entendimento da importância do que é ingerido, investindo na consciência alimentar.
A legislação federal (Lei 11947), por exemplo, contribuiu para melhorias nas cantinas escolares, determinando que não devem ser oferecidos refrigerantes e frituras, ou seja, produtos com baixo valor nutritivo e altamente calóricos. Além disso, o Ministério da Saúde lançou um manual para cantinas escolares, com o objetivo de auxiliar na promoção da qualidade de vida. “A alimentação saudável faz parte dos objetos de conhecimento do componente curricular de Ciências, que desenvolve as habilidades relacionadas à organização de cardápios equilibrados para a manutenção da saúde do organismo e evita a ocorrência de distúrbios nutricionais”, alerta a coordenadora.
Métodos criativos - Quando se trata de educação alimentar, no Bom Jesus, por exemplo, o assunto é trabalhado de diferentes maneiras e ocasiões. “As atividades incluem a elaboração de alimentos como sanduíches naturais, sucos com couve e limão e, ainda, aproveitando partes de vegetais geralmente descartadas, como cascas de banana. Também é realizada a confecção de pirâmides alimentares e a sensibilização sobre a importância dos alimentos”, compartilha Lisiane.
Nutricionistas acompanham os alunos nos refeitórios do colégio, a fim de orientá-los e estimulá-los a experimentar os diferentes pratos servidos. Além disso, eles elaboram cardápios para os alunos que apresentam restrições alimentares, tais como diabetes, doença celíaca ou intolerância à lactose. Atenção especial ainda é dada àqueles com alergias a determinados alimentos.
Outro ponto positivo é a interação entre a escola e a família, pois os pais dos alunos do período integral são comunicados caso seus filhos não se alimentem adequadamente. “A educação integral relacionada à alimentação saudável depende da união de forças e conhecimentos vindos da família e das equipes multidisciplinares escolares”, completa Lisiane.
Esse conteúdo fui publicado no Guia dos Pais, do G1 Paraná.