Proposta Pedagógica, Eventos
24.08.2015Tempo e literatura no “Conversa com o Autor”
De acordo com a física, o tempo é relativo. No campo das ideias e da literatura, não é diferente. O romance “Aos 7 e aos 40” (Editora Cosac Naify, 2013), de João Anzanello Carrascoza, é um ensaio sobre as diferentes interpretações do tempo ao longo da vida. No último dia 20, o escritor esteve no Colégio Bom Jesus, em Curitiba (PR), para falar sobre a sua obra para estudantes da 2.ª série do Ensino Médio, que utilizam o livro na disciplina de Produção de Texto.
Segundo a organizadora do encontro “Conversa com o Autor”, a professora de Língua Portuguesa Cleuza Cecato, o diálogo com Carrascoza foi uma oportunidade de aprofundar o debate sobre o tema central da obra: a passagem inevitável do tempo e o seu efeito sobre a vida. “O estudo da literatura vai além do aprendizado das estruturas linguísticas e, neste caso específico, observamos a troca de ideias e impressões com o autor, um exercício que certamente auxiliará na produção de textos”, comenta.
Assista, a seguir, uma entrevista exclusiva com o autor:
Sobre a obra
Fazendo uso de uma estrutura bastante inovadora, João Anzanello Carrascoza conta duas histórias simultaneamente, que correspondem a dois momentos distintos na vida do personagem principal, que nunca é nomeado – seus sete e seus quarenta anos. Com capítulos intercalados – os ímpares narrando a infância e os pares, a vida adulta –, o autor usa essa estratégia para construir a oposição já presente no texto.
Sobre o autor
João Anzanello Carrascoza é paulista de Cravinhos, interior de São Paulo. Escritor e professor universitário, estreou com o livro “Hotel Solidão” (1994). Publicou várias coletâneas de contos, como “O vaso azul” (1998), “Duas tardes” (2002), “O volume do silêncio” (2006, prêmio Jabuti) e “Aquela água toda” (2012, prêmio APCA), os dois últimos pela Editora Cosac Naify. Em 2013, o escritor iniciou a produção de romances com “Aos 7 e aos 40” e, em 2014, com “Caderno de um ausente”.